quinta-feira, 10 de julho de 2014

Requião: decisão da Justiça americana pode sufocar economia argentina

Com pronunciamentos incisivos e esclarecedores, Roberto Requião é um pemedebista e mesmo um político pas comme les autres. Faz o que deveriam fazer os políticos: argumenta, esclarece, polemiza quando necessário. E assim, torna-se uma figura "inusitada" no meio da pasmaceira, do conformismo, da mediocridade, da incultura, da má-fé, do oportunismo e da ignorância generalizadas. 

Alguns (vários) senadores e políticos da oposição no Brasil hoje, ofendem diariamente a inteligência do público, a quem seguramente devem desprezar tanto quanto desprezam a inteligência própria ou não seriam tão despudorados em exibir suas mentes ralas e o oportunismo que tudo reduz ao denominador "comum" do interesse (pecuniário) imediato. 

A política rastaquera dominante (um fenômeno global, seguramente, com diversas formas de manifestação) se espelha no pseudo-jornalismo do monopólio conservador da comunicação no Brasil - a continuação da ditadura por outros meios. Uma e outra, imprensa e política mesquinha, se merecem e se complementam. Ninguém mais merece.
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Aqui a notícia da Agencia Senado:

Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

 O senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que, segundo ele, escandaliza o mundo e pode inviabilizar a recuperação econômica da Argentina. A Justiça americana negou a possibilidade de o governo argentino quitar parte de sua dívida a credores que aceitaram uma renegociação e não fazer os pagamentos exigidos por fundos especulativos que rejeitaram o acordo.
Na semana passada, um juiz determinou a devolução à Argentina de US$ 539 milhões destinados a credores que participaram da reestruturação da dívida. Os fundos que não aceitaram a renegociação, por sua vez, querem o pagamento integral de US$ 1,3 bilhão.
Requião afirmou que medidas adotadas pelo governo Menem, nos anos 80, levaram a economia argentina praticamente à falência, com uma enorme dívida externa. Em 2005 e 2010, o país renegociou a dívida com 93% dos credores internacionais, que aceitaram receber valor inferior ao total da dívida. Isso, de acordo com o senador, ajudou o país a registrar crescimento de 8% ao ano.
Requião explicou que, se os fundos especulativos saírem vitoriosos, o acordo de renegociação vai perder efeito e a dívida externa argentina vai subir para cerca de US$ 120 bilhões, já que os demais credores também podem decidir exigir o pagamento integral. Esse resultado, ressaltou o senador, sufocaria a economia local e o país ainda correria o risco de ficar inadimplente.
Somos todos argentinos neste momento. Concluo com uma convocação: cerremos fileira com a Argentina. Defendê-la neste momento é defender a vida contra a força bruta dos agentes da morte, os vampiros e abutres do capital vadio. É preciso que a voz forte da consciência latinoamericana se levante! - disse Requião, pedindo o apoio da Celac, Unasul, Mercosul e Parlasul à reivindicação argentina.

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